Educação a Distância
Educação a distância como “processo de ensino-aprendizagem mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados especial e/ou temporalmente”.
José Manuel Moran (2002)
A educação pode ser: presencial (ensino convencional); semi-presencial ou a distância.
O Moran (2002) refere o conceito de “ensino” dando maior ênfase ao professor. Preferindo o conceito de “educação”, contínua ou continuada, como processo de formação constante e de reflexão.
Os níveis da Educação a Distância são idênticos aos do ensino regular. Mas este processo de educação é mais adequado para adultos. Para quem tem mais experiência em aprendizagem individual e em pesquisa.
Existe interacção e interlocução entre todos os que estão envolvidos.
Presencialidade
O conceito de presencialidade é alterado pelo avanço das tecnologias de comunicação virtual. Onde há maior intercâmbio de saberes, onde cada professor colabora, com conhecimentos específicos. Professor passa a ser visto mais como supervisor, animador e incentivador.
Em consequência, altera-se também o conceito de curso e de aula (pesquisa e intercâmbio). Com tempo e espaço flexíveis, onde todos podem estar presentes em tempos e espaços diferentes.
As crianças não prescindem de contacto físico e interacção. São os cursos de nível médio e superior os mais virtuais.
Assim, diz-se que o ser mais virtual ou mais presencial depende das necessidades concretas de cada um.
Com este novo conceito, dá-se a transição do individual para o grupal. Os próprios média passam de unidireccionais para mais interactivos e com novas formas de interacção.
Características
Educação a Distância é vista como “prática que permite o equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e do grupo (presencial e virtual).”
As práticas educativas passam a combinar presencial com virtual, individual com partilha.
A internet passa a audiovisual, com transmissão em tempo real (tecnologias streaming).
As possibilidades de interacção são directamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas na mesma.
Mudança
As propostas inovadoras colocam a hipótese de utilizar as tecnologias avançadas numa visão conservadora. Com foco na aprendizagem, com adaptação ao ritmo individual e níveis diferenciados de visão pedagógica.
A mudança de níveis e modalidades educacionais é gradual, com a desigualdade económica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas.
Os padrões adquiridos anteriormente e ao longo dos anos são difíceis de mudar; não há preparação para a mudança.
Ideal seria democratizar o acesso à informação: acesso às tecnologias; informação significativa; e mediação de professores preparados.
Visão crítica a Morgan
O autor considera a Educação a Distância como mediada por tecnologias, sendo estas das clássicas às modernas, das diferentes gerações deste tipo de processo de educação.
Considero importante que a educação seja vista como o processo de formação e de reflexão sobre a formação. Onde tanto aluno como professor reflectem sobre a forma como se processa e o que é ensinado.
Diz-se que é um processo mais adequado a adultos. Mas tal não implica que não se adeqúe às crianças. Isso requer mais intervenção dos adultos (educadores), mas também é eficaz (como o etwinning, por exemplo, misto).
A interacção é maior, pois sem ela o processo não ocorre. Se for apenas um emissor, sem ninguém como receptor que dá o feedback, cai como que “num saco roto”, e não há intercâmbio nem troca de ideias.
As práticas educativas alteram-se, mas há uma característica que se mantém: a prática educativa que se adequa ao público-alvo. Daí a importância de democratizar este processo, de Educação a Distância.